Registro de um Café com pessoas Comunicadoras em abril de 2023
A comunicação em rede é parte essencial da força política da Comuá e em abril marcou um passo importante nesse caminho com a criação do Grupo de Trabalho de Comunicação (chamado carinhosamente de GTCom). A iniciativa é mais uma camada da estratégia coletiva da Rede para garantir que suas narrativas sejam construídas a muitas mãos, com escuta ativa, diversidade de perspectivas e alinhamento com os princípios da filantropia comunitária e de justiça socioambiental. O GTCom é composto por representantes do Fundo Brasil de Direitos Humanos (Mônica Nóbrega), FunBEA (Grace Luzzi), ISPN (Mele Dornelas), Instituto Procomum (Gabriely Souza de Araújo) e pela equipe executiva da Comuá — Jész Ipólito, Mônica Ribeiro e Yasmin Morais, e busca ampliar a participação e as contribuições das organizações-membro, tornando a comunicação institucional cada vez mais coletiva.
Em sua primeira reunião, realizada em abril, o grupo alinhou canais, funções e fluxos, e já deu os primeiros passos no acompanhamento das frentes estratégicas de 2025: Plataforma Comuá pelo Clima e COP30. Também foram feitas construções coletivas para potencializar os próximos encontros do Café com Pessoas Comunicadoras, fortalecendo o elo entre a atuação cotidiana e os espaços de troca da Rede.
Mais do que alinhar canais e funções, o GTCom nasce com a missão de fortalecer o alinhamento político e narrativo entre as organizações-membro. Como destaca Grace Luzzi, do FunBEA: “Importante termos uma comunicação que alinhe as nossas narrativas e nos fortaleça enquanto um grupo que mobiliza recursos para comunidades e territórios no Brasil. Sem dúvida, esse trabalho vai nos ajudar a direcionar e fortalecer ainda mais o trabalho coletivo que a Comuá já vem puxando com os seus membros.”
O Café com Pessoas Comunicadoras da Rede, criado em 2022 como parte da Comunidade de Práticas de Comunicação e Produção de Narrativas, tem se consolidado como um espaço acolhedor, seguro e potente para escutas, trocas e construções conjuntas. Essa percepção ganhou ainda mais força a partir do processo de escuta individual realizado pela equipe de comunicação entre fevereiro e março deste ano. Ver o entusiasmo, a assiduidade e a participação ativa de colegas comunicadoras e jornalistas das organizações-membro nos enche de orgulho e nos lembra que a comunicação coletiva não é construída de um dia para o outro: ela é cultivada, fortalecida e reinventada a cada troca.
Para Mônica Nóbrega, do Fundo Brasil de Direitos Humanos, o Café tem hoje um papel estratégico não apenas na construção coletiva de narrativas, mas também na mobilização para ações concretas da Rede:
“Entendo que o principal desafio do Café este ano é ajudar a alinhar a conversa que queremos colocar coletivamente no mundo, e a traduzir essa conversa em mensagens engajadoras para os diferentes públicos que nos interessam como Rede, chamando esses públicos à ação. Que ação é essa? Eu destacaria duas, principalmente. A primeira é garantir a sustentabilidade e o dinamismo da sociedade civil organizada brasileira frente ao cenário internacional crítico de financiamento. A segunda é dar grande visibilidade às atividades que nós, fundos e fundações da Rede, estamos propondo para incidir sobre este cenário de financiamento durante a COP 30.”
O Café pulsa como território de afeto e estratégia, onde as mãos e vozes da Rede Comuá tecem, juntas, narrativas que transformam, resistem e abrem novos caminhos.