Por Marcy Kelley, Gabriela Boyer e Rebecca Nelson
A valorização e a contabilização da contrapartida de grupos comunitários pode render dividendos em termos de impacto e sustentabilidade
O Haiti comprovou ser um terreno difícil para os financiadores internacionais, com muitos projetos de desenvolvimento fracassados. No entanto, em 2018, mulheres de uma organização comunitária em Fanm Konba, no sudoeste do Haiti, demonstraram uma notável engenhosidade em levantar seus próprios recursos. Elas solicitaram um financiamento de um donatário da Fundação Interamericana (IAF) para comprar gado. Seguindo as orientações da IAF, as mulheres incluíram sua ‘contrapartida’ – um item de orçamento que leva em conta o trabalho e outros ativos materiais com que os grupos comunitários contribuem para as atividades propostas. Mais tarde, os funcionários da IAF descobriram que elas realmente estavam contribuindo com um acréscimo de US$35 advindos de seus próprios bolsos para adquirir porcas e cabras prenhas para ampliar seus rebanhos e maximizar seus lucros.