COMUÁ
PELO CLIMA
FINANCIAMENTO DE SOLUÇÕES CLIMÁTICAS LOCAIS E CENÁRIOS DA FILANTROPIA
Uma análise abrangente da atuação climática das organizações da Rede Comuá – que parte do acesso a direitos em sua estratégia central -, destacando soluções climáticas locais financiadas, desenvolvidas e/ou cocriadas junto a organizações e grupos da sociedade civil que atuam na linha de frente do combate aos efeitos das mudanças climáticas, e a expertise das organizações da Rede em fazer o recurso chegar a esses grupos e comunidades, promovendo um grantmaking para a justiça socioambiental.
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Soluções Climáticas Locais (SCLs)
São soluções criadas por e para as comunidades, com base nas especificidades dos territórios e grupos envolvidos, voltadas para o fortalecimento da ação coletiva na defesa de direitos, e incluem uma variedade de abordagens, tais como:
Adaptação: Desenvolvimento de estratégias e ações para enfrentar os impactos das mudanças climáticas
Mitigação: Implementação de medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em nível local, envolvendo energias renováveis e eficiência energética.
Conservação e Restauração: Proteção e recuperação de ecossistemas locais que desempenham um papel crucial na absorção de carbono e na proteção contra desastres naturais.
Educação e Sensibilização: Promoção da conscientização sobre as mudanças climáticas e seus efeitos.
Inovação Tecnológica: Desenvolvimento e implementação de tecnologias adaptadas às necessidades locais
Fortalecimento Comunitário: Promoção e participação ativa de grupos estratégicos na tomada de decisões relacionadas ao meio ambiente e à adaptação às mudanças climáticas, garantindo uma abordagem inclusiva.
Princípios que guiam a atuação das organizações da Comuá
no apoio e desenvolvimento de SCLs
Justiça climática: coloca a equidade e os direitos humanos como eixos centrais para a definição de ações e tomada de decisões.
Interseccionalidade: a abordagem interseccional destaca como diferentes sujeitos e grupos se relacionam de modo
diverso com as mudanças climáticas que afetam de forma desigual e mais severa os grupos historicamente marginalizados
(mulheres, pessoas negras, comunidades
tradicionais e pessoas LGBTQIAPN+).
Questões como raça, gênero, classe social, idade, localização geográfica (entre outras) são centrais para a definição de ações no
campo das SCLs
Abordagem baseada em direitos humanos: garante a inclusão dos grupos mais vulnerabilizados. Isso significa que as estratégias de mitigação, adaptação e financiamento climático estão focadas em
reduzir a pobreza, fortalecer os direitos humanos e a melhorar a saúde e o bem-estar.
Filantropia comunitária: reconhece o protagonismo das organizações e coletivos
da sociedade civil, seu poder transformador e a sua capacidade de buscar soluções aos problemas que enfrentam. Trata-se de uma
filantropia feita com e para movimentos e grupos comunitários de base que
desempenham um papel crucial na regulação climática do planeta.
A Rede Comuá é um espaço que reúne fundos temáticos, comunitários e fundações comunitárias, organizações doadoras (grantmakers) independentes, que mobilizam recursos de fontes diversificadas para apoiar grupos, coletivos, movimentos e organizações da sociedade civil que atuam nos campos da justiça socioambiental, direitos humanos e desenvolvimento comunitário. Apoiar com recursos financeiros iniciativas da sociedade civil lideradas por minorias políticas é uma estratégia chave para a promoção e construção de agendas voltadas para o reconhecimento e defesa de direitos, e, portanto, para o fortalecimento da democracia brasileira. A Rede busca fortalecer a capacidade de atuação conjunta dos seus membros potencializando seu papel nos processos de transformação social, nas ações de incidência, dando visibilidade às suas ações tanto no campo da filantropia como na esfera pública.