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O Guia das Periferias apresenta caminhos para consolidar uma Filantropia Estratégica no Brasil

O Guia das Periferias apresenta caminhos para consolidar uma Filantropia Estratégica no Brasil.

Por: Carla Ninos, coordenadora de comunicação da Iniciativa PIPA

A Iniciativa PIPA, nos últimos anos, partindo de uma perspectiva negra e vinda das periferias, detectou algumas práticas possíveis que os doadores no Brasil podem adotar para construir uma Filantropia Estratégica e fazer com que seus processos de doação façam com que o dinheiro chegue, cada vez mais, nas Periferias.

O Guia das Periferias para Doadores é a materialização de uma ferramenta estratégica de consulta destinada aos doadores no Brasil,  que apresenta reflexões e metodologias que reposicionam as organizações de periferia na centralidade do ecossistema de doação.

“O Guia, também, se propõe a ser uma carta convite para os doadores com propostas de mudanças efetivas. É um documento contendo reflexões, diagnósticos, estratégias e metodologias, que traz ações para uma narrativa reposicionada para que as organizações de periferia sejam a centralidade quando pautamos repasses de recursos. Para isso, estamos propondo mudanças práticas no que temos hoje, a fim de refinar o diálogo entre doadores e organizações compostas e geridas de/por/para sujeitos periféricos”, afirma Nil Torres, coordenadora de pesquisa da PIPA.

O guia propõe inverter a lógica, quando muito se fala do que as organizações periféricas precisam fazer para terem financiamento, evidencia o que as organizações doadoras podem avançar em agendas como pluralidade, equidade e escala de impacto a partir do trabalho que já fazem na estratégia de repasses de recursos no país. Para isso, o guia destaca a Pluralidade nas Equipes e Conselhos, o Fortalecimento Institucional e a Transparência como eixos que podem contribuir para que os recursos sejam mais facilmente distribuídos.

E é importante ressaltar que, quando a Iniciativa PIPA fala em Filantropia Estratégica, está afirmando que o campo só poderá referenciar ‘filantropia estratégica’ quando, de fato, entender que a Filantropia precisa olhar para as periferias do Brasil e que descentralizar recursos é descentralizar redes.

“Para consolidarmos uma filantropia verdadeiramente estratégica no Brasil é imprescindível que o campo incentive e potencialize a pluralidade nas equipes das organizações doadoras, porque valorizar os diferentes conhecimentos, experiências e aprendizados é o principal caminho para dialogar com as periferias brasileiras e potencializar o impacto da doação no país. É importante, também, que se assegure e viabilize estratégias para que o dinheiro mobilizado por organizações doadoras, de fato, chegue aos territórios periféricos. Cada financiador que adotar esta prática, vai gerar um movimento impulsionador para que outras organizações sigam nessa direção”, analisa Gelson Henrique, diretor executivo da PIPA.

Acesse o Guia das Periferias para Doadores na Transforma

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