Seja muito bem-vinda/e/o à Rede Comuá!

O impacto da pandemia nas organizações sociais brasileiras: como enfrentar a situação de crise no cenário presente e futuro?

Por Mica Peres*

No mês de agosto, a Mobiliza juntamente com a Reos Partners e parceiros estratégicos do setor filantrópico lançaram o relatório completo do estudo “Impacto da COVID-19 nas OSCs brasileiras: da resposta imediata à resiliência”. 

O estudo buscou compreender qual o impacto da COVID-19 nas organizações da sociedade civil brasileiras e de que forma o setor planejou o desenvolvimento de ações e se preparou (ou está se preparando) para enfrentar o cenário pós-crise. Para isso, foi elaborado um questionário destinado às organizações da sociedade civil, a partir do qual  foram recebidas 1760 respostas válidas, sendo 34% da área de assistência social, 21% que não possuem previsão orçamentária anual e 21% que possuem previsão orçamentária anual de até R$100 mil. Foram computadas respostas de todas as regiões brasileiras.

Em relação ao impacto da COVID-19 nas atividades das OSCs, a maior parte das organizações relatou que foram impactadas e a crise as enfraqueceu de forma significativa, tendo como o principal impacto negativo a diminuição de captação de recursos.
Apesar disso, 87% das organizações estão oferecendo atendimento em ações relacionadas à COVID-19. A principal ação das OSCs consiste na distribuição de alimentos e/ou produtos de higiene para públicos que já eram atendidos. Além disso, quase metade das OSCs contempladas no estudo se adaptaram para continuar atendendo o público de forma remota. Com o considerável impacto na saúde financeira das OSCs, 65% prevêm reduções de atendimento num futuro próximo.
No entanto, também é esperado um aumento significativo na demanda de serviços prestados pelas OSCs às populações em período pós-pandemia. Para as organizações, as principais necessidades para lidar com os efeitos da pandemia são recursos financeiros e engajamento da sociedade civil no apoio de suas ações. Quase metade das OSCs informaram que têm orçamento disponível para operar no máximo por mais 3 meses.
 

Esses são alguns dos dados do estudo, vários outros pontos foram levantados e discutidos na versão completa do relatório. Você pode conferir o estudo completo clicando aqui.

O trabalho contou com o financiamento do Instituo Sabin, Fundação Tide Setúbal, Laudes Foundation, Instituto ACP, Instituto Humanize, Instituto Ibirapitanga e Ambev. Integram o comitê estratégico da pesquisa:  GIFE, ABCR, Ponte a Ponte, Prosas, Move Social, Nossa Causa, Arredondar, Instituto Filantropia e Rede de Filantropia para a Justiça Social. A Move Social atuou como parceiro técnico da pesquisa e o Because no desenvolvimento da identidade visual e dos materiais de comunicação.

* Mica Peres é assessore de dados e tecnologia da Rede de Filantropia para a Justiça Social.

CONTINUE LENDO

Declaração sobre a visão da filantropia para a Cúpula do Futuro e além das Nações Unidas
Declaração sobre a visão da...
27 de setembro de 2024
Tributação e filantropia: caminhos para o fortalecimento da sociedade civil no Brasil
Tributação e filantropia: c...
27 de setembro de 2024
Minha jornada na Rede Comuá: conquistas, desafios e agradecimentos
My journey with the Comuá N...
27 de setembro de 2024
Minha jornada na Rede Comuá: conquistas, desafios e agradecimentos
Minha jornada na Rede Comuá...
27 de setembro de 2024
Carregando mais matérias....Aguarde!