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O que acontece quando enxergamos as pessoas dentro da organização?

Por Diane Pereira Sousa

Ano passado o Baixada participou do programa de Fortalecimento de Capacidades da Rede Comuá. Poderíamos utilizar muitas palavras para dizer o que esse programa representa para nossa organização, mas a que mais faz sentido é enxergar. Ela é uma palavra que não pode andar sozinha, enxergar e entender, enxergar e investir, enxergar e fortalecer. Guimarães Rosa diz que o correr da vida embrulha tudo e de repente não mais que de repente em nosso campo estamos desembrulhando processos e embrulhando pessoas, as organizações começam a ser maiores que as pessoas que a constroem na labuta diária. Assim como priorizamos a conta da energia elétrica da organização é preciso priorizar a energia das pessoas. Neste caso não se trata de manter a energia funcionando com um pagamento para alguém que fornece a eletricidade, se trata de construir solidariedade, reconhecimento, acolhimento e oportunidade. 

E o que isso tem a ver com com o programa de Fortalecimento de Capacidades? Tudo!

Duas pessoas do Baixada tiveram a chance de se dedicar através do programa ao aprimoramento do estudo de inglês, duas pessoas se tornaram 6 que se tornaram 22. Construir essa possibilidade requer compromisso, mas antes de tudo é preciso enxergar. Quando estamos em rede é isso que buscamos, é o que somos em coletivo, mas sobretudo quem somos como indivíduos, já viu como um formigueiro funciona?

Ter essa experiência nos dá vontade de estabelecer um pacto da porta verde para dentro, nenhum de nós avança sem que o outro avance, de repente o xadrez vira quaternity, e fortalecer capacidades criando oportunidades para que as pessoas assim como a organização também cresçam é fundamento. 

Como membros da Rede Comuá destacamos a importância de investimentos como esse para dinamizar os processo de aprendizagem internos das organizações, criando ambientes mais humanizados. 


Diane Pereira Sousa é maranhense da Baixada Maranhense. Professora. Mestra em Direitos Humanos, Interculturalidade e Desenvolvimento. Fellow Ashoka. Presidenta da Fundação Comunitária Baixada. Sócia Diretora do Instituto Formação. Estuda e pesquisa cotidianos, modelos de educação alternativa e juventude.Uma de suas especialidades em eventos nacionais e internacionais são as pontes poéticas(mediações) articulando sonhos e realidade.

Coordenou o livro “Você pode escutar minha Voz?”. Escreveu e coordenou a apostila “Direitos Humanos e Protagonismo Estudantil” pela Flacso. É coautora do livro “Sobre Nossas Avós – memória, resistência e ancestralidade”. Escreveu e coordenou os manuais Esportes Educativos para a cidadania e o desenvolvimento social. Escreveu e coordenou a sistematização Futebol 3 para crianças. Escreveu e coordenou o livro Futebol 3 – História do uso dessa metodologia no Brasil.


A participação nesta atividade foi viabilizada pelo Programa de Fortalecimento de Capacidades Profissionais, no âmbito do Programa de Apoio Estratégico da Rede Comuá, cujo objetivo é apoiar o desenvolvimento e fortalecimento das competências e capacidades profissionais dos quadros técnicos de organizações membro, ampliando e aprofundando seus conhecimentos e fortalecendo sua atuação nos campos da filantropia comunitária e de justiça social.

Capa: Freepik

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