Em 2022, a Rede de Filantropia para a Justiça Social (RFJS) completa dez anos de atuação e prevê a realização de uma série de atividades comemorativas ao longo do ano.
A RFJS promoverá um conjunto de atividades – eventos, campanhas, debates, etc – sobre a temática de filantropia comunitária e de justiça social e realizará um mapeamento de fundos temáticos e comunitários independentes no Brasil que doam para a sociedade civil através de estratégias diversificadas de grantmaking , com intenção de contar com um diagnóstico desse ecossistema e possivelmente ampliar a quantidade de organizações membros.
A produção de conhecimento e a troca de experiência continuam em 2022 com as atividades desenvolvidas nas comunidades de práticas da Rede. Estratégias e produtos de comunicação para ampliação da doação de recursos também serão desenvolvidos e divulgados ao longo de 2022.
Depoimentos de pessoas ligadas à fundação e história da RFJS serão compartilhados em nossos canais de comunicação, assim como informações sobre projetos e produtos viabilizados pelo Programa de Apoio em parceria com as organizações que integram a Rede.
A ampliação de parcerias com o ecossistema filantrópico, seja na realização de projetos e eventos, ou mesmo em ações envolvendo advocacy com vistas a ampliar as doações para organizações que trabalham com justiça social e direitos humanos, tem sido uma das articulações da Rede e deve se amplificar em 2022.
Ao longo de sua trajetória, desde sua formação no ano de 2012, a Rede vem se afirmando com um espaço de articulação de organizações que atuam no campo da filantropia comunitária e de justiça social, propiciando trocas de experiências e aprendizados, desenvolvimento de ações conjuntas e diálogo com diversos atores.
“Ainda temos muitos desafios, acredito que a Rede ainda tem muito a crescer, incorporar mais membros, pois a quantidade também faz a qualidade. Quanto mais membros, mais vamos conseguir que seja um espaço reconhecido no ecossistema filantrópico. E também que as organizações doadoras, que nós ainda nem sabemos quem são ao todo, reconheçam na Rede um espaço de troca, de pertencimento, um espaço para firmar determinadas agendas”, analisa a coordenadora executiva da RFJS, Graciela Hopstein.
“Espero que os 10 anos tragam bastante fôlego, inclusive para o reposicionamento da marca, que já está dialogando com essa dinâmica de posicionamento no ecossistema filantrópico e que envolve um trabalho muito forte na área de comunicação. O contexto do cenário político eleitoral em 2022 irá trazer as agendas identitárias, e a Rede tem um potencial enorme para conduzir este tipo de debates. A partir dos 10 anos, “o marco” será traçar os caminhos, e acredito que a Rede já está encontrando dinâmicas próprias para se reafirmar um ator relevante no ecossistema filantrópico nacional e internacional.”, pontua a coordenadora.
A trajetória da Rede em uma década
Os primeiros seis anos da organização foram constituídos de um período de estruturação.
Graciela Hopstein destaca que, no início, a Rede se dedicou muito à sua estruturação e ao processo de criação de sua presença no campo e, nos últimos anos, grandes passos foram dados, especialmente porque a organização conquistou financiamentos importantes, além de ter começado a fazer um trabalho relevante no ecossistema filantrópico brasileiro e também junto aos seus associados.
“Inicialmente, a Rede tentava se aproximar de financiadores, parceiros e de organizações relevantes, e agora estamos vendo um caminho inverso, estamos sendo procurados porque estão reconhecendo este espaço como importante para reflexão e promoção de agendas,” diz Graciela.
Desde então, a Rede vem colaborando, por meio de diferentes atividades e do desenvolvimento das iniciativas da área de programática, para o fortalecimento das organizações membros através da promoção de espaços de aprendizado mútuo e de treinamentos em temas de relevância para agendas de interesse comum.
Os anos de 2018 a 2020 foram fundamentais para consolidação, articulação com diferentes atores do campo e fortalecimento institucional. A Rede foi reconhecida como um ator relevante no campo da filantropia brasileira e internacional, e seis novos membros contribuíram para o enriquecimento institucional.
Diferentes atividades e publicações lançadas no período instituíram esses marcos, como Filantropia de justiça social, sociedade civil e movimentos sociais no Brasil – organizada por Graciela Hopstein, que reúne uma série de artigos produzidos por integrantes das organizações membros -, o seminário realizado em parceria com o GIFE Expandindo e Fortalecendo a Filantropia Comunitária no Brasil; o desenvolvimento dos programas de Fortalecimento de Capacidades e de Apoio, com a parceria da Inter-American Foundation (IAF) e da Porticus, após a reestruturação da área programática; e o Programa Doar para Transformar (Giving For Change), projeto com o apoio da cooperação holandesa que ampliou o alcance internacional da Rede e contribuiu para o fortalecimento e promoção do trabalho institucional.
“Foi uma virada relevante trabalhar reestruturando a área programática da Rede, articulando com os membros, e parceiros (…) estamos olhando para os membros, fazendo um trabalho coletivo e em rede, para poder impactar de forma conjunta o ecossistema filantrópico com as agendas que a Rede traz de filantropia comunitária e de justiça social”, afirma Graciela.
E o trabalho continua. Este ano a Rede aguarda grandes desafios, crescimento institucional e momentos de planejamento do futuro com os 10 anos completos.
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